Acervo

O Museu Ozildo Albano guarda um vasto acervo, que abrange desde peças de arte sacra a artefatos arqueológicos. Em relação à arte sacra, uma das suas marcas fortes, o museu possui um acervo interessante e diversificado, que reúne objetos doados por famílias do município e por igrejas antigas desta localidade. Reúne oratórios, iconografias de santos e objetos utilizados em celebrações religiosas, como cálice e ostensório. Este acervo remonta aos primórdios do município.

A Arte Santeira pode ser considerada como um importante artefato representativo da cultura local-regional e, por consequência, brasileira. No Piauí, a iconografia religiosa desta arte é conhecida como uma das mais tradicionais do Brasil. Um destes objetos é a imagem de Santa Ana Mestra, doada por Francisca Maria de Moura Macêdo. Feita em madeira policromada, foi a primeira a ser mencionada nos arquivos deixados pelo fundador do Museu. As seguintes informações a respeito desta importante escultura foram escritas pelo próprio punho de Ozildo Albano:

“Santa Ana – popularmente conhecida e venerada como Senhora Santana, Mãe de Maria. É uma das Santas que foi mais festejada nos nossos sertões (juntamente com Nossa Senhora da Conceição). Sua devoção remonta aos tempos do desbravamento e da colonização onde, hoje, se localiza o município de Picos e cidades circunvizinhas. Segundo a tradição, a presente imagem de Senhora Santana acompanha a família há dez gerações. Seu primeiro dono foi o fidalgo português Paulo Gomes Caminha – Depois passou para o oratório de sua nora D. Maria das Neves de Jesus que a deu a seu filho , o Cap. Mor João Gomes Caminha – que a passou à sua filha D. Eudócia Gomes Caminha e à filha desta.- D. Martina Gomes de Barros, primeira esposa do Capitão da Guarda Nacional, Florêncio José da Silva Fontes e em seguida à sua segunda esposa, D. Joaquina Maria de Moura em seguida a seu filho Raimundo Florêncio Fontes á filha deste – D. Francisca Maria de Moura Macêdo que a doou a José albano de Macêdo. A imagem de Senhora Santana teve sua origem há mais de dois séculos, na família Gomes Caminha, sempre estava e continua com a família Gomes Caminha, pois as famílias Barros, Fontes, Moura e Macêdo, por quem passou são descendentes da família Gomes Caminha (Museu João Gomes Caminha).”